Aquilo não era o que eu sonhei.
Não era o que eu imaginei durante tantos anos escondida atrás dos muros do convento.
E, acima de tudo... Não era o que eu merecia.
Talvez tivesse sido melhor ter seguido o caminho das outras meninas. Ter aceitado ser empregada em alguma casa rica. Pelo menos ali, teria escolhido quando me entregar. Ou a quem.
Mas não.
Eu estava aqui. Casada com um homem que me odiava por um motivo que nem ele parecia entender. Um homem que achava mais aceitável me cortar do que me tocar. Um homem que usou minha inocência como uma arma contra mim
Ele foi cruel. E aquilo ainda queimava.
Mas eu tinha orgulho.
E se ele queria salvar a própria honra, se queria aquele maldito lençol manchado... Então que se sujasse também. Que sentisse, mesmo que por um segundo, o peso da decisão que tomou.
Eu estava desconfortável, e claro. Nenhuma parte de mim, queria forçar alguém a me tocar. Mas ele havia sido tao ridículo, tão frio, tão... Covarde, que o constrangimento valia mais que o