Bati a porta do carro com força e subi as escadas rápido.
Não bati na porta do quarto. Entrei.
Serena estava de costas, tirando os brincos diante do espelho, como se a tarde inteira com o peão dela tivesse sido só mais um dia comum. Como se ela não tivesse me fodido por dentro com aquele olhar decepcionado.
— A gente precisa conversar. Agora. — minha voz saiu seca. Firme.
Ela se virou devagar, surpresa, mas não assustada.
-- Dante, eu estou cansada. Da pra gente conversar amanha?
-- Não. Vai ser agora. -- Fechei a porta atrás de mim. -- Você e minha esposa e a gente vai colocar algumas coisas no lugar.
Ela cruzou os braços, desafiadora.
— E oque exatamente você quer colocar no lugar?
Aproximei-me, sem pressa. O sangue queimava por dentro.
— Você pode brincar de se apaixonar por roceiro, fingir que e livre, mas a verdade e que você carrega meu nome. Você e minha mulher, Serena. E vai ser submissa por bem... ou por mal.
Ela soltou uma risada amarga, quase debochada.
— Submissa? Eu? A vo