O salão da antiga fortaleza estava em caos. Gritos se misturavam a uivos, o choque de lâminas contra metal ecoava pelas paredes de pedra antiga, e o cheiro de sangue já impregnava o ar. Os olhos de Lysandra ardiam com a fumaça das tochas derrubadas e com as lágrimas que ela tentava conter. As correntes em seus pulsos, antes símbolo de submissão e humilhação, agora cediam, gastas pelo feitiço discreto que Aric conseguira lançar enquanto todos se ocupavam da rebelião.
Ela sentia o coração disparar, os batimentos ensurdecedores abafando os gritos ao redor. Cada segundo parecia eterno, e a dor latejava em seus pulsos marcados pelas correntes. Quando o ferro finalmente cedeu, um misto de dor e liberdade percorreu seu corpo.Aric surgiu diante dela, o rosto marcado por suor, sangue e determinação. Os olhos dourados brilhavam ferozmente à luz trêmula do salão. Ele estendeu a mão, sem tempo para palavras.— Agora, Lysandra! — rosnou, a voz baixa e rouca, carregada