O uivo de Selin, puro e ancestral, não ficou confinado ao Vale de Thassyr. Como uma onda invisível, reverberou pelos sete antigos caminhos do mundo, atravessando montanhas, desertos, oceanos e ruínas esquecidas. Onde antes havia silêncio, surgiram rachaduras no tecido do Véu. Onde antes havia luto, floresceram ecos de esperança... e de medo.
No alto das Torres de Aeris, o Oráculo cego da Ordem dos Vórtices cambaleou, deixando cair seus cálices de vidro.
— O primeiro selo caiu... e a Filha do Limiar uivou. Os ventos não obedecerão mais ao mesmo Norte.
Nas profundezas do mar escuro, criaturas adormecidas começaram a se agitar. Os Leviatãs da Quarta Era, selados sob camadas de sal sagrado, abriram os olhos pela primeira vez em milênios. As algas ao redor se enrolavam, dançando em torno de um som que o oceano não ouvia desde o princípio: esperança em forma de voz.
No Limiar de Skar, os últimos membros da Ordem das Três Noites, renegados e esquecidos, sentiram suas tatuagens queimarem.
— O