Na alvorada seguinte à noite de promessas e estrelas cintilantes, a aldeia despertou em silêncio reverente. Nenhum tambor rufou, nenhuma tocha crepitou. Os guardiões, curandeiros e sentinelas andavam com passos leves, como se receassem despertar não apenas a criança, mas algo muito mais antigo — o ventre do mundo que parecia respirar junto ao jardim lunar.
No centro da clareira, Lysandra permanecia em repouso. Ainda que seu corpo estivesse quieto, o relicário em seu ventre brilhava de forma constante, emitindo uma luz prateada intermitente, quase como o bater de asas de uma criatura em formação.
Aric observava cada pulsar com olhos atentos. Embora estivesse sereno por fora, dentro de si era um turbilhão: alegria, medo, responsabilidade. Cada batida daquele relicário era um lembrete — não apenas de que a filha estava viva, mas de que o mundo a esperava com esperanças perigosamente altas.
— Ela já respira com o mundo — sussurrou ele, tocando o ventre de Lysandra. — Mas o mundo ainda pre