O vento soprava suavemente entre as árvores da floresta ao redor da aldeia, carregando consigo um aroma de terra molhada, madeira recém-cortada e ervas queimadas. A lua cheia, que outrora significava descontrole e dor, agora pairava sobre o céu como uma sentinela silenciosa, testemunha do novo ciclo.
Lysandra não dormiu naquela noite.
Aric também não.
Havia algo pulsando sob suas peles — um brilho prateado quase imperceptível, como se os símbolos do ritual ainda ardessem em brasa, vivos, com vontade própria. Era como se o pacto com a Mãe da Noite não tivesse apenas selado sua união, mas despertado algo ancestral, algo que dormia há milênios no sangue da linhagem perdida de Aric e agora passava a correr também nas veias de Lysandra.
Ela se levantou sem fazer barulho e caminhou até o espelho de água próximo da clareira. A superfície refletia seu rosto, mas havia algo mais ali — uma sombra de luz, uma forma vaga atrás dela, alta e lupina, que desapareceu assim que ela piscou.
— Está vend