A noite caiu sobre a aldeia como um véu de veludo escuro, pontilhado por estrelas cintilantes. Ao longe, o uivo da Primeira Guarda Lunar ressoava como uma promessa: a promessa de que os tempos de medo haviam passado. Mas sob a tranquilidade aparente, algo começava a se agitar — nas raízes da terra, nas sombras entre as árvores, no sangue de Lysandra.
Ela acordou subitamente, os olhos arregalados, a respiração presa na garganta. Havia estado sonhando — mas não com visões comuns.
No sonho, uma figura feminina, de longos cabelos brancos como neve e olhos como crateras lunares, segurava em seus braços uma criança envolta em fogo prateado. Ao redor delas, guerreiros caíam em silêncio, como se apagados por uma força invisível. A figura olhou diretamente para Lysandra e disse:
“Ela nascerá sob três luas. Carregará a marca do grito. E onde andar, o véu entre os mundos se partirá.”
Lysandra levou as mãos ao ventre. Sentia a presença pulsando forte — mais forte do que nunca. Uma conexão viva, q