130. Quero ficar sozinha
Eu saí do evento com o sorriso congelado, o corpo exausto e a alma latejando.
Lara e Isabella vieram até mim, vibrando, cheias de elogios, mas eu já estava longe — por dentro.
— A gente pode dormir juntas lá na casa da Isabella — Lara sugeriu, preocupada. — Filme, comida, fofoca…
— Eu vou pro meu apartamento — cortei, gentil, mas firme.
Elas trocaram olhares.
— Tem certeza? — Isabella insistiu.
— Tenho. — Respirei fundo. — Eu preciso… de silêncio.
E antes que qualquer uma tentasse argumentar, eu abracei as duas, agradeci e caminhei em direção ao estacionamento do evento.
Sozinha.
Com o eco dos meus saltos me lembrando do silêncio que Dante tinha me dado em troca do meu barulho.
No meio do caminho, quando eu já alcançava a saída lateral — onde não havia imprensa — uma sombra se aproximou com passos medidos.
— Ágatha?
Aquela voz.
Eu reconheceria entre centenas.
Matteo.
O braço direito do Dante.
O homem que sempre observava tudo e raramente demonstrava algo.
Ele estava e