128. O sabor da vitória
Eu ainda estava quente.
Não do set, não das luzes…
Mas da sensação deliciosa de ter virado o jogo.
Depois de trocar de roupa e vestir algo leve, fresco, confortável, deixei o camarim com aquele sorriso que só aparece quando o mundo finalmente entende seu lugar — e, naquele momento, o mundo atendia pelo nome Dante.
O salão estava sendo desmontado. Tripés descendo, luzes apagando, cabos sendo enrolados.
A equipe exausta… mas feliz.
E eu?
Eu flutuava.
Foi aí que senti um braço passar pelo meu ombro.
— Vamos comemorar, coelhinha vitoriosa? — Isabella sorriu com uma taça já cheia de vinho branco. — Vem, a casa é grande, e eu sei de um cantinho perfeito pra fofocas pós-ensaio.
Eu ri.
— Se tiver vinho suficiente pra acompanhar, eu topo.
— Garanto que tem — ela respondeu, puxando minha mão.
Acompanhei.
Deixei a sala do ensaio para trás, deixando lá também a imagem de um Dante derrotado em silêncio.
Ou… eu achei que tinha deixado.
Porque o universo gosta de brincar, e justo na