O céu de Oakmere carregava o peso da chuva que se anunciava nas nuvens baixas e cinzentas. Theo ajustou o casaco ao sair do carro, lançando um olhar para a trilha que levava à cabana escondida entre as árvores. Eleanor já caminhava à frente, determinada, como se soubesse que algo os aguardava ali — e que não podiam mais perder tempo.
Halley os esperava na varanda, sentada em uma cadeira de madeira antiga, com uma manta xadrez sobre os joelhos. O rosto, enrugado pelo tempo, mantinha aquela expressão distante e vigilante, como se cada detalhe da floresta ao redor pudesse lhe contar uma história.
— Vocês voltaram — disse ela, sem surpresa.
— Precisamos de mais respostas — disse Eleanor, com suavidade. — O que encontramos... não é suficiente para entender por que tudo isso aconteceu.
Halley indicou a porta com um gesto do queixo. Não falou mais nada até que estivessem dentro da cabana, onde a luz fraca de um lampião tremulava sobre as paredes de madeira. O aroma de folhas secas e chá de c