O céu estava coberto de nuvens pesadas quando o carro subiu a estrada serpenteante até a casa de Rupert Wallace. A velha casa de pedra, cercado por carvalhos contorcidos, parecia ainda mais isolado do que da última vez. Era a terceira visita que faziam ali, mas, naquela manhã, Theo sentia que era a primeira em que chegavam de fato preparados.
— Você está pronto? — Eleanor perguntou, observando o semblante rígido ao volante.
— Não. Mas precisamos fazer isso mesmo assim.
O portão rangeu ao ser empurrado. Nenhum cão latiu, nenhuma janela se moveu. Apenas o som do vento passando por entre as árvores e o farfalhar de folhas úmidas sob seus pés.
Theo bateu à porta duas vezes. Depois, uma terceira.
Rupert abriu com expressão contida. Estava com o mesmo casaco de tweed, a barba por fazer e os olhos escurecidos por noites mal dormidas. Por um momento, apenas os encarou, como se soubesse o que viriam fazer.
— Achei que demorariam menos — disse, dando espaço para que entrassem.
A sala estava com