A noite havia caído densa sobre Yorkshire quando Eleanor e Theo estacionaram o carro próximo à trilha que levava a casa de pedras de Rupert Wallace. O reencontro anterior deixara mais perguntas do que respostas — mas agora, com as cartas encontradas no fundo falso do armário, havia novas peças no tabuleiro. E algumas delas mencionavam Rupert pelo nome.
— Tem certeza de que ele vai nos receber? — Eleanor perguntou, os olhos varrendo a escuridão entre os galhos das árvores.
— Não tenho — Theo respondeu. — Mas ele vai entender por que estamos aqui. Dessa vez, não dá mais para fingir que ele não fazia parte disso tudo.
A casa com seus musgos pendurados surgiu adiante, uma sombra imóvel no meio da vegetação. A mesma construção de pedras onde haviam conversado semanas antes, quando Rupert revelara saber mais do que deveria — e menos do que queria admitir.
Theo bateu na porta com firmeza. Nenhuma resposta. Tentou novamente.
Depois de um minuto tenso, ouviu passos. A porta se abriu lentamente