O caminho de volta até a casa de Vivienne foi silencioso, pontuado apenas pelo som dos pneus cortando a estrada úmida e pelas respirações contidas de Eleanor e Theo. Cada um mergulhado nas próprias conclusões, nas possibilidades abertas pelo dossiê que agora repousava no colo de Eleanor — um arquivo tão incômodo quanto revelador.
Ela ainda ouvia a voz firme de Bellamy ecoando em sua cabeça:
“A autópsia foi sugerida, sim. Mas jamais executada. Há um protocolo incompleto, uma solicitação registrada… e só.”
Como se o corpo do menino tivesse sido silenciado antes mesmo de ter a chance de contar sua história.
Theo apertava o volante com mais força do que necessário. Seus olhos estavam fixos na estrada, mas sua mente parecia vagar muito além. Quando pararam em frente à casa, ele ficou um instante imóvel antes de falar:
— Quer um chá? — perguntou, a voz baixa, cansada.
— Acho que precisamos de um — respondeu Eleanor com um meio sorriso.
O ritual de aquecer a água, escolher uma das latas anti