Aurora não entendeu por um momento a declaração dele, mas quando se deu conta do significado daquelas palavras não conseguiu esconder uma expressão de incredulidade.
— O que? Você tá falando sério? É tipo diagnosticado mesmo, e não apenas um pé no saco narcisista e egomaníaco?
— Pelo menos eu tenho um laudo médico, e você que dá sinais exacerbados de desequilíbrio mental e pelo visto nunca procurou ajuda?
No meio de toda aquela tensão, Aurora começou a rir inesperadamente. Ria tanto que se jogou para trás, escorando-se no pequeno sofá.
— Viu, eu estou falando, totalmente maluca!
Enrico disse, voltando a caminhar pelo pequeno espaço. Quando Aurora conseguiu controlar o riso, voltou a se pronunciar.
— Cara, eu não acredito. Você quase fez eu me sentir péssima por ter debochado todo esse tempo, mas é tão absolutamente insuportável, que nem um laudo pode te defender.
— Sim, mas você sabe o que estava a ponto de fazer com esse insuportável, aí mesmo nesse chão! E não me vem com essa his