Aurora se recostou contra a cabeceira da cama, os olhos fixos no teto, sem saber se conseguiria dormir, mesmo exausta. O peso do medo ainda pressionava seu peito, um nó apertado em sua garganta. A ideia de que Tomasso poderia aparecer a qualquer momento a fazia sentir como se tivesse voltado aos dias de infância, quando ele a aterrorizava sem piedade. Cada sombra parecia maior, cada barulho mais ameaçador.
— Eu não sei se vou conseguir dormir — confessou, a voz saindo baixa.
Enrico, sentado na poltrona ao lado, observou-a atentamente.
— Então eu fico com você — disse simplesmente.
Aurora se virou para encará-lo, surpresa.
— Não precisa, eu est