O silêncio do escritório de Enrico era sufocante, ele havia saido do hospital naquela manha e ido direto para casa. Aurora estava de pé, com os olhos marejados, enquanto ele folheava com descaso a cópia da certidão de casamento que ela lhe entregara. O documento tremia levemente nas mãos dele, não por emoção, mas por raiva contida.
— Impressionante — ele disse, sarcástico. — Confesso que, se realmente fui eu quem assinou isso, devo ter bebido até perder a alma... — Os olhos frios dele subiram lentamente até os dela. — Mas ao menos tive o bom senso de fazer um acordo pré-nupcial.
Ele arremessou o papel sobre a mesa como se fosse lixo.
— Não se preocupe — continuou, venenoso. &mdas