O silêncio do corredor soava ensurdecedor quando Aurora desceu do elevador privativo do hospital. Passara algumas horas em casa, horas eternas, na tentativa inútil de se recompor, de respirar. Mas o vazio que a corroía por dentro parecia maior que tudo. Ele acordara e não a reconhecia.
Ela soube pela enfermeira, pelo olhar aflito do médico... e pelas ordens frias que ele dera.
"Ela não entra."Aurora parou diante da porta do quarto. O segurança particular de Enrico, um homem que ela conhecia há meses, que a tratava com respeito e até carinho, agora lhe bloqueava o caminho com visível constrangimento.
— Senhora Au