capitulo 11 Caio

**(Narrado por Caio Valença)**

Ela está dormindo.

Ou talvez apenas finja que está.

No fundo, tanto faz.

Eu ouvi o sussurro dela.

Eu nunca parei de esperar por ele.

E quer saber? Isso é problema dela.

O fato é que Dante está morto.

E o mundo continua girando.

Levantei da cama em silêncio. A noite estava abafada, pegajosa. Caminhei até o escritório o espaço que antes era dele. Aquele mesmo ambiente que exalava poder e pretensão.

Agora, o que se sente ali é o meu cheiro.

Abri a porta, e a luz amarelada da rua penetrava no escuro pelas frestas da persiana.

Sentei na cadeira de couro.

Era a cadeira dele.

Feita sob medida, com encosto alto, couro legítimo, o nome dele gravado na lateral.

Arranquei a plaquinha com o nome Dante Ferraz no dia seguinte ao acidente.

Agora, está marcado o meu nome.

Liguei o notebook.

Folheei relatórios, contratos, memorandos que tinham minha assinatura no rodapé.

No cabeçalho, o logo da empresa.

Cargo: diretor executivo.

Um cargo que antes era dele.

Hoje, é meu.
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