Max
Era curioso como, mesmo depois de tudo que vivemos, ela ainda conseguia me fazer suar as mãos só com um sorriso. Talvez fosse por isso que, naquela tarde cinza de terça-feira, eu estava parado no meio da sala, cercado de fotos, bilhetes, recortes de papel e vídeos antigos, com um coração que batia como se eu fosse pedir Charlotte em namoro pela primeira vez.
Mas não. Não era um pedido qualquer.
Era o pedido.
O que vinha sendo gestado em silêncio no meu peito há meses, alimentado por cada riso de Giovanni, cada troca de olhar com ela, cada noite em que adormecemos com ele entre nós, como o elo mais puro da nossa história.
Charlotte tinha voltado para mim — não com promessas, mas com presença. Ela morava comigo, ria comigo, me permitia cuidar dela e do nosso filho… mas eu sabia, dentro do meu peito, que ainda faltava o sim. Aquele que não vinha da rotina ou do costume. Aquele que dizia: “eu escolho você de novo. E para sempre.”
Foi nesse espírito que digitei uma mensagem para Clara,