A brisa do mar entrava pela janela aberta, trazendo aquele cheiro salgado e doce que sempre me fazia sentir como se o mundo desacelerasse. Giovanni dormia no quarto ao lado, o som do seu sono tranquilo misturando-se ao barulho suave das ondas. A casa de madeira branca parecia abraçar a gente — uma pequena pausa do mundo, onde o tempo se estendia com preguiça e o silêncio era confortável.

Max e eu passamos o dia brincando com Giovanni na areia, rindo das tentativas desajeitadas dele de correr, tirando fotos, dividindo picolés, ouvindo as primeiras palavrinhas que escapavam da boca do nosso menino com uma mistura de encanto e incredulidade. E eu, por mais que tentasse resistir, sabia que estava caindo. Mais uma vez. Mas agora... com os olhos abertos.

Na segunda noite, com Giovanni dormindo profundamente, eu fiquei por um tempo sozinha no banheiro, observando meu reflexo. Meu cabelo estava solto, leve com o vento do dia, e vesti uma camisola simples, de alças finas, que quase não usava.