Acordei com o vazio ao meu lado gritando mais alto que o despertador. O lençol ainda guardava o cheiro dele, o travesseiro amassado denunciava onde ele dormiu, e por um instante, fechei os olhos de novo só pra fingir que ele ainda estava aqui.
Suspirei, puxando o ar com preguiça e tristeza. Era sábado, e mesmo sabendo que ele voltaria em poucos dias, parecia que tinham me arrancado um pedaço.
Levantei devagar, os pés tocando o chão frio enquanto meus pensamentos ainda tentavam se reorganizar. Fui até o banheiro, me despi com calma, e deixei a água quente cair sobre mim. Queria lavar a saudade, a ansiedade, e a dúvida que ainda martelava no fundo do meu peito: será que eu realmente estava grávida?
Depois do banho, me enrolei na toalha