ALESSANDRO
O salão estava silencioso, mas carregado de tensão. Cada olhar dos conselheiros, familiares e aliados de Dom Ricardo pesava, avaliava e calculava movimentos. Não era apenas um casamento; era estratégia, poder e proteção.
Eu estava de pé, rígido, controlando cada músculo, cada expressão. Mas meus olhos não desgrudavam da porta, esperando por ela. Talvez uma parte de mim temendo que ela tivesse desistido.
E então, Isabella entrou.
O capuz preto que a escondia nas sombras havia desaparecido. Cada passo que ela dava era firme, mas elegante; cada movimento carregava a presença da guerreira que conheci, que me salvou, que enfrentou inimigos e a própria morte.
Mas agora… ela parecia uma fada.
O vestido branco flutuava delicadamente ao redor dela, quase leve demais para o corpo treinado que eu conhecia tão bem. Seus olhos — atentos, vigilantes, desconfiados — se fixaram nos meus. Eu engoli em seco. Por um instante, tudo mais desapareceu: os conselheiros, a política, os riscos. Só