ALESSANDRO
O quarto do hospital estava frio e silencioso.Monitores bipavam ritmicamente, cada som um lembrete da fragilidade e da força que coexistem ali. Meu pai, Riccardo, repousava inconsciente, preso entre a vida e a borda da morte, cercado por fios e máquinas que regulavam cada respiração. A visão dele sempre trouxe respeito e medo, mas hoje carregava uma urgência nova — um fardo que só eu podia carregar.Pisei devagar, cada passo calculado. Falar com ele era um gesto de dever e promessa, mesmo que ele não pudesse ouvir.— Pai… — comecei, a voz baixa, firme — Eu encontrei seu segredo, Isabella… ela está viva. Sobreviveu a tudo. E não apenas isso… ela está grávida.A palavra saiu dura, quase impossível de pronunciar. A responsabilidade que carregava não era apenas minha, mas também de todo o sangue da família. Ela não é apenas filha de Donatella e de Viktor Rostova, mas agora carrega o meu sangue, o nosso legado.Sentei-me à bei