Inicio / Romance / A Selvagem e o Juíz / CAPÍTULO 97 – ENTRE PEDRAS E ÁGUA
CAPÍTULO 97 – ENTRE PEDRAS E ÁGUA

A madrugada se tornara uma língua estrangeira que Eduardo aprendia sílaba por sílaba. O ombro ardia como brasa enterrada, mas ele seguia. O leito seco serpenteava por entre pedras grandes, algumas lisas como osso polido, outras cortantes como promessa ruim. A lanterna ficou no bolso; a noite guiava melhor do que a luz quando a luz denuncia. A cada dez passos, ele parava, ouvia, cheirava o ar — como Aline ensinara. Água não corria ali, mas havia um rumor no fundo, uma lembrança líquida de quando a chuva era senhora do lugar.

Ele chegou a um desfiladeiro estreito, duas paredes de pedra se encarando com apenas um corpo de distância entre elas. Encostou a testa na rocha fria e sentiu a vibração que o chão transmitia. Não era água. Era metal. Eduardo ajoelhou, encostou a palma no cascalho e percebeu um tremor quase musical. Canos antigos de captação, talvez, que passavam perto do sítio. Ele sorriu curto: se o som viajava, ele não estava longe.

Tirou do bolso o bilhete de Azevedo — “Não con
Sigue leyendo este libro gratis
Escanea el código para descargar la APP
Explora y lee buenas novelas sin costo
Miles de novelas gratis en BueNovela. ¡Descarga y lee en cualquier momento!
Lee libros gratis en la app
Escanea el código para leer en la APP