Início / Romance / A Selvagem e o Juíz / CAPÍTULO 98 – O ECO E A CHAVE
CAPÍTULO 98 – O ECO E A CHAVE

O som da chuva fina batendo no telhado lembrava código Morse. Eduardo observava o pen drive sobre a mesa improvisada — um pedaço minúsculo de plástico preto que pesava como uma sentença. O bilhete de Azevedo, já amassado e manchado, repousava ao lado. As palavras ainda o assombravam: Não confie neles. O eco é a chave.

Enquanto Vivian dormia, enrolada num cobertor surrado perto da lareira apagada, ele finalmente se permitiu lembrar o momento em que tudo começou — o dia em que encontrou aquele maldito bilhete.

***

A casa cheirava a charuto, mofo e pólvora. Eduardo havia ido sozinho, seguindo um endereço cifrado que o perito da Federal rastreara entre os documentos apreendidos do antigo deputado Álvaro Azevedo — o homem que todos diziam estar morto, mas cujo nome ainda pairava nos corredores do poder como um eco que não se cala.

O lugar ficava num vale esquecido, com uma bandeira rasgada presa à varanda. A fechadura já havia sido forçada. No chão, marcas de arrasto. Uma garrafa quebrada.
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App