Adormecida

A recepcionista anunciou que Guilherme queria falar com Rosa. Pediu que ela descesse.

Mas Rosa era atrevida. Mandou Guilherme subir até seu quarto.

Ele subiu.

Ela o esperava na porta.

— Bem-vindo, Guilherme Moreau. Entre.

— O que vim te falar, posso falar aqui mesmo, na porta.

Jéssica sorriu.

Guilherme estava com feição de poucos amigos.

— Não faça essa desfeita. Entre.

Guilherme entrou. Observou a champanhe no vaso, com bastante gelo.

— Sabia que você viria.

— Por isso a champanhe?

Ela sorriu alto.

— Exatamente. Sinto muito por não ser um dos seus excelentes vinhos.

Jéssica serviu champanhe em duas taças e ofereceu uma a Guilherme.

Ele não pegou. Olhava pra ela, com ódio.

— Se sabia que eu vinha, deveria saber que não beberia champanhe com você.

— Por que a raiva, querido?

Ela desdenhava. Sabia o motivo de ele estar irritado.

— Você está demitida. Quero você fora e longe. Bem longe da minha empresa, da vida de Rosa e de Vitinho também.

Rosa bebeu todo o líquido da taça.

Colocou a taç
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