O portal se fechou atrás de Vermon com um estalo agudo, como ossos se partindo. O vento da Colina de Varnak soprou mais forte, trazendo o cheiro ácido de tempestade, de sangue, de magia antiga e proibida.
Vermon ficou alguns segundos parado, os olhos fixos na lâmina em suas mãos. Akharon. A Lâmina do Vazio.
Ela não era feita para existir neste mundo. O próprio ar tremia ao redor da arma, e onde a luz deveria refletir, só havia a distorção da realidade. As bordas da lâmina tremeluziam, quase líquidas, quase sólidas. E no centro, o núcleo vermelho pulsava... como um coração que batia não em carne, mas em fome.
Cada passo que dava até o trono deixava marcas no chão — fissuras negras, queimadas que se espalhavam como raízes apodrecidas.
Ao cruzar os portões do salão, as sombras recuaram. Até as serpentes entalhadas no braço do trono pareciam querer se esconder, curvar-se, como se reconhecessem aquilo... e temessem.
Thenos já o aguardava. Mas não como sempre. Algo nele havia quebrado desde