O mundo não percebeu de imediato. Mas sentiu.
Sentiu no vento que se partiu como vidro. Sentiu nas raízes que estremeceram no subsolo. Sentiu na pele, no osso, no sangue... que algo terrível havia sido libertado. Algo que não deveria caminhar sob o sol. Nem sob as estrelas.
Nos salões da Cidadela das Sombras, onde os ecos não morrem e onde as leis da criação são apenas sugestões, o pagamento foi selado.
O nome de Eros. Seu fio de vida. Seu sangue.
Quando Vermon selou o pacto, um fragmento da essência de Eros foi arrancado, como se a própria realidade houvesse trincado em torno dele.
Eros não sabia. Não naquele momento. Mas algo dentro dele congelou. Um vazio, pequeno e sutil, abriu-se em sua alma — uma ausência que ele não soube explicar, como se algo, desde aquele instante, estivesse... observando. Esperando.
Pois Eros, agora, carregava a Marca do Abismo.
E isso... isso teria um preço. Um preço que nem Vermon compreendia por completo.
Os Sombrios:
Eles não são soldados. Nunca foram.