O cheiro de incenso barato e vinho azedo impregnava o ar. O Festival das Cinzas seguia em Thariel como um teatro grotesco de alegria forçada. Entre músicas dissonantes e máscaras sorridentes, surgiram os primeiros murmúrios.
— Estão procurando uma mulher...
— Dizem que é uma ruiva...
— Thenos a quer viva...
Evelin, ainda escondida sob o manto puído nos limites da praça, ouviu os sussurros. O tom era abafado, mas urgente. Um dos soldados passava arrastando um homem pelos ombros, enquanto outro questionava uma mulher sobre estranhos visitantes. Nenhuma acusação clara. Apenas olhos atentos, farejando qualquer desvio.
Seu sangue gelou por um instante. Não havia mais tempo.
Atravessou becos como sombra entre as sombras. As risadas ensaiadas e o tilintar das taças não conseguiam encobrir o som de botas pesadas atrás dela — nem o assobio metálico de um Guerreiro da Névoa, mais distante. Então correu.
Pelas saídas do leste, pelas trilhas que o tempo quase engolira, Evelin fugiu de Thariel. Ca