O olhar de João pegava fogo. Ele não pensou duas vezes. Avançou contra Valéria, segurando-a firme pelos braços, empurrando-a contra a parede da entrada.
— Você sabe muito bem que não aconteceu nada! — vociferou, seus olhos faiscando de ódio. — E mais... você é cúmplice! Você, seu pai e meu tio Carlos... todos vocês vão pagar! Seus dias estão contados, Valéria! Contados!
Valéria, tentando se soltar, mas sem sucesso, fingiu um sorriso debochado, embora o medo começasse a aparecer em seu olhar.
Walesca, que até então observava a cena com os braços cruzados, se aproximou, com aquele olhar frio, calculista, e disparou, venenosa:
— Você se engana, João... — ela sorriu, inclinando levemente o rosto — Você acha que é só sobre você, ou só sobre a Amanda? — passou o dedo no peito nu de João, provocando — Pois sinto lhe informar... sua querida Amanda... mexeu com coisas que não devia. E agora... é hora da conta chegar.
João segurou o braço de Walesca com força, afastando-a.
— Não vem com esse jo