Mirela encostou no corrimão da escada, bloqueando a passagem de Leonardo de leve, com aquele sorriso sutil que ela usava quando queria provocar sem perder a pose.
— Ei, rapaz... — disse com a voz baixa, porém afiada — eu vi você olhando pra Amanda.
Leonardo parou, fingindo desdém. Ajustou o colarinho da camisa com falsa tranquilidade.
— Você tá maluca. Acabei de chegar aqui, nem sei direito quem é quem nessa casa ainda.
Mirela riu de canto.
— Ah, sei... A queridinha Amanda? Não precisa saber quem é, né? Só precisa olhar daquele jeito como você olhou. Eu conheço gente como você. Já vi esse tipo de olhar. E te conheço bem o suficiente pra saber quando tá fingindo.
Ele desceu mais um degrau e se aproximou, sem perder o sorriso cínico.
— Você anda assistindo muito drama, priminha. Tá confundindo as coisas.
Mirela o encarou firme.
— Não confundo, não. Só aviso antes. Com a Amanda não se brinca. Ela é gelo e fogo... e você não vai dar conta nem da brasa.
Leonardo soltou uma risada seca, deu