O céu desabava em fúria, como se a própria natureza clamasse por sangue. Raios rasgavam o horizonte, iluminando por frações de segundo a estrada serpenteante que levava à ponte. A chuva batia como pedras no para-brisa do carro de Amanda, que apertava o volante, tentando enxergar algo além da cortina densa de água.
De repente, faróis surgiram do nada — uma luz intensa, agressiva, como olhos demoníacos rasgando a escuridão. O som estridente da buzina ecoou, seguido pelo ronco ameaçador de um motor acelerando direto contra ela.
— Não, não, não! — gritou Amanda, puxando o volante para o lado, numa manobra desesperada.
Os pneus patinaram no asfalto encharcado. A traseira do carro rodopiou. Tudo pareceu acontecer em câmera lenta. O guarda-corpo da ponte surgiu à frente, frágil diante da força do impacto. Um estalo metálico, um rangido agudo, e então... o vazio.
O carro despencou pela lateral da ponte. Amanda soltou um grito que se perdeu no estrondo de um trovão. O mundo virou de cabeça para