As portas de vidro se abriram com um sopro de vento gelado. Amanda entrou decidida. Não respondeu os cumprimentos, não deu bom dia. Seus saltos ecoaram firmes no piso de mármore como uma sentença.
Funcionários se entreolharam, o silêncio se espalhou como uma onda. José, ao vê-la, correu ao seu encontro.
— Amanda… espera… eu vi as fotos. Deve ter algum erro, isso...
Ela não parou.
— Depois, José. Agora eu tenho outra coisa pra resolver.
Amanda marchou direto até a sala de reuniões. Sem bater, abriu a porta com um empurrão. Todos os olhares se voltaram para ela: os suíços, João, Valéria — todos presentes.
Sem hesitar, ela atravessou a sala, foi até Valéria... e pá! a primeira bofetada. Valéria cambaleou na cadeira, surpresa. Amanda segurou seu rosto e desferiu a segunda, mais forte.
— Você cavou o seu túmulo, Valéria. E não vai sair dele andando.
A sala congelou. Os suíços murmuravam em seus idiomas, surpresos, João se levantou assustado.
— Amanda, o que você está fazendo?
Ela não respo