Na saída do hospital, os flashes explodiram como relâmpagos.
Microfones foram estendidos com pressa, vozes se sobrepunham, e os repórteres tentavam romper a barreira de seguranças e curiosos que se amontoavam na porta principal.
— “Amanda! É verdade que você foi sequestrada por membros da própria família?”
— “Senhorita Duarte, como está sua relação com João Duarte?”
— “É verdade que estão noivos? Há uma aliança política por trás desse relacionamento?”
— “Amanda, a família está dividida?”
Amanda Duarte mantinha o rosto parcialmente coberto por grandes óculos escuros e um lenço de cashmere cinza envolvendo a cabeça. A pele ainda pálida, os hematomas discretamente ocultos pela maquiagem. Fria como gelo, respondeu com poucas palavras, a voz cortante, sem alterar o tom:
— “Não comento especulações.”
— “O que importa é que estou viva. O restante… são fantasias.”
— “Minha relação com João é pessoal. E permanecerá assim.”
Ela sequer piscava diante das perguntas provocativas. Havia algo no jei