A sala ficou em silêncio. Ana apenas abaixou os olhos. Carla tentava consolar Clara, que chorava sem fazer som, como se o orgulho não a deixasse desabar por completo.
João cruzou os braços e apenas olhou para o pai. Nada disse. Mas o olhar que lançou a Augusto dizia tudo: não havia mais espaço para imposições. O João submisso morrera, e o homem diante dele agora era livre.
José então se aproximou do irmão e, com um meio sorriso, disse com leveza, mas cheio de significado:
— Eu vi vocês dois hoje. Lá na sua sala. — João baixou os olhos, surpreso por um instante. — E sabe do que mais? Eu sabia. Sabia que você ia lutar por ela. Só demorou pra admitir.
João não respondeu, mas o aperto leve no ombro do irmão foi tudo que precisava dizer.
Augusto, por fim, se recostou na poltrona, derrotado pelas próprias escolhas:
— Talvez... talvez tudo tivesse sido diferente se eu tivesse escutado a Amanda. Mas agora... cada um que assuma o peso do que plantou.
Amanda subiu as escadas com passos serenos,