O quarto já estava em silêncio quando Rafael fechou a porta atrás deles.
Silêncio… e calor.
O beijo que tinham acabado de trocar ainda queimava na boca dela. Um beijo profundo, firme, cheio de saudade e promessa. Um beijo que tirou o ar de Liandra e fez Rafael perder a compostura por um segundo inteiro.
As mãos dele ainda estavam na cintura dela, grandes, quentes, seguras.
O corpo de Liandra ainda estava colado ao dele.
O mundo inteiro parecia ter encolhido até caber nos quatro cantos daquele quarto.
Os dois respiravam mais rápido do que gostariam de admitir.
— Liandra… — ele murmurou, a voz grave, rouca, quase um pedido por controle.
Ela sorriu, com aquele brilho travesso que só aparecia quando ele estava perto demais.
— O que foi? — provocou, ainda sem se afastar, ainda sentindo a respiração quente dele roçar sua boca.
— Estou tentando… — ele disse, encostando a testa na dela — ser sensato.
Ela riu baixinho, e o som fez o corpo dele tensionar inteiro.
— Não parece estar