O sol já se escondia quando Alice deixou a matilha.
O dia havia sido longo, repleto das lições de Julie sobre o papel de uma Luna — compostura, diplomacia, hierarquia, e o poder silencioso que nasce da empatia.
Alice estava exausta, mas satisfeita.
A cada dia sentia que se encaixava um pouco mais naquele novo mundo.
O carro seguia pela estrada ladeada de árvores, e ela recostou a cabeça no vidro, observando o entardecer.
Era impossível não sorrir ao pensar em Felipe.
Mesmo nas horas em que ele não estava por perto, a presença dele parecia pulsar dentro dela, como uma força invisível que a envolvia.
Quando o carro cruzou o portão da casa, ela sentiu imediatamente o perfume dele no ar.
O cheiro amadeirado, quente e inconfundível, que fazia o coração dela acelerar antes mesmo de vê-lo.
Felipe estava ali.
Ela sabia.
Ao abrir a porta, encontrou o ambiente em meia-luz.
O piano tocava baixo, e o som das páginas de um livro sendo folheadas vinha do escritório.
Felipe estava de pé