Os dias de Alice haviam se tornado uma maratona, entre a faculdade, os treinos na matilha e as responsabilidades que vinham com o título de Luna.
Eram jornadas longas, que começavam com o nascer do sol e terminavam apenas quando a lua tomava o céu.
A rotina era exaustiva.
De manhã, ela assistia às aulas; à tarde, aprendia com Julie sobre diplomacia, liderança e postura; à noite, treinava defesa pessoal sob a supervisão de Markus Daven.
Felipe acompanhava tudo, e embora soubesse o quanto ela estava sobrecarregada, não interferia.
Ela precisava aprender, precisava se tornar capaz de caminhar entre dois mundos, o humano e o dos lobos.
Mesmo sem um lobo, Alice era agora parte de algo muito maior.
O campo de treinamento à noite era iluminado por tochas e refletores.
O ar frio cortava a pele, e o som dos impactos se misturava aos comandos secos de Markus.
Alice, exausta, mantinha a postura, o olhar firme.
Ela caía, errava, levantava. Repetia até acertar.
Liandra observava à distância, coord