A manhã nascia calma sobre o casarão de pedra, envolta pelo frio suave de Chicago.
O aroma do café fresco preenchia o ar, misturado ao som distante do vento cortando as árvores do bosque.
Felipe revisava relatórios no tablet, o olhar atento, o corpo relaxado, até que o som grave de motores ecoou pelo pátio.
Carlos apareceu na porta da cozinha, com a postura rígida.
— Alfa… temos companhia.
Felipe ergueu o olhar. — Que tipo de companhia?
— Três carros oficiais do Conselho.
O silêncio se formou.
Felipe pousou o tablet sobre a mesa, o maxilar contraído.
— Vieram até aqui?
— Sim, senhor. Atravessaram o portão principal.
Felipe se levantou devagar, ajustando o punho da camisa.
— O Conselho deveria me procurar na matilha, não invadir minha casa. — A voz dele era firme, cortante.
— Deseja que os guardas intervenham? — perguntou Carlos.
— Não. — respondeu o Alfa. — Quero ver até onde vai a audácia deles.
O som dos pneus sobre o cascalho ecoou como um trovão contido.
Três carros pretos estacio