Rafael terminava de montar dois sanduíches, algo simples, mas suficiente para depois de horas intensas, quando o telefone vibrou na bancada.
Ele olhou o visor.
Samuel.
Ao lado dele, Liandra levantou o olhar na mesma hora. O lobo dela sentiu a tensão antes mesmo de Rafael atender.
Rafael deslizou o dedo na tela.
— Fala, Samuel.
Do outro lado da linha, a voz do Gama não era a firmeza habitual. Havia urgência, respiração rápida, algo desalinhado.
— Alfa… Caroline não está respondendo. Estou levando para hospital.
Rafael ficou absolutamente imóvel.
Liandra endireitou a postura ao lado dele, sem tocar, mas presente.
— O que houve? — Rafael perguntou, voz controlada como lâmina fria.
Samuel não enrolou.
— Eu estava na estrada. Saímos de Chicago há uns quarenta minutos. Caroline estava no banco traseiro.
Disse que estava com sede e pediu água.
Rafael não reagiu. Apenas esperou.
— Parei num posto 24 horas. Entrei para comprar água… — o Beta respirou fundo. — Qua