O hospital parecia mais frio do que realmente era.
Rafael permaneceu em pé por longos segundos na sala de espera, sentindo o peso do ambiente se acumular sobre os ombros. Luzes brancas demais, corredores longos demais, máquinas apitando ao fundo.
Nada o afetava, não ali, não daquele modo.
Mas a ausência de instinto era o que incomodava.
Nenhum alerta.
Nenhum sinal.
Nenhum faro de perigo quando Caroline apareceu em sua porta dizendo estar mal.
E, ainda assim… ela estava inconsciente.
O lobo dentro dele caminhava em círculos, irritado. Não por preocupação com Caroline, nunca fora esse o gatilho, mas pela ausência de sua parceira.
Samuel estava sentado ao lado, corpo inclinado para frente, cotovelos nos joelhos, expressão atenta.
— Ele me disse que foi questão de minutos, Alfa. — repetiu Samuel, cobrindo as informações. — Ela pediu água no posto. Quando voltou… estava desacordada no banco.
Rafael não respondeu. Apenas manteve o olhar fixo no chão.
As peças não en