O corpo do urso negro jazia imponente no centro da clareira, a pelagem espessa e encharcada de sangue contrastando com o branco frio da lua. O vapor quente da carne recém-morta se elevava no ar gélido, enquanto todos os Lycans formavam um círculo solene ao redor.
Alexei permaneceu à esquerda de Dmitry, observando como, mesmo entre os clãs rivais, o respeito ancestral se impunha sem necessidade de palavras. A caçada era finalizada com um dos rituais mais antigos: a distribuição dos troféus, honraria que cabia exclusivamente ao Alfa Predador.
Dmitry avançou até o cadáver do urso, seus olhos azuis cintilando, ainda manchados com traços da fúria da batalha. Sua garra direita ergueu-se devagar… E então, com um movimento seco e preciso, rasgou o flanco do animal, expondo as costelas.
O sangue quente jorrou, tingindo a terra, enquanto ele cravava ambas as mãos monstruosas no interior da carcaça.
— Que este sangue una nossos clãs… E fortaleça nossas presas.
Sua voz ressoou grave, gutural, num