— Vai me soltar ou vai me carregar assim até o fim da vida? — Susan provocou, com um sorriso nervoso.
O rosnado-ronronado que Dmitry soltou, abafado, fez ela rir mais ainda.
— Você gosta disso, não é? — Murmurou, passando os dedos pela pelagem fofa sob o pescoço dele. — Esse jeito selvagem. Não precisa fingir, Dmitry. Eu já percebi.
Ele a apertou de leve, como quem confirma sem precisar de palavras.
Subiram uma escada de madeira que rangia suavemente, até um andar superior onde a porta maciça foi empurrada com um simples golpe do quadril de Dmitry.
Susan prendeu a respiração.
O quarto era rústico, aconchegante… Primitivo.
Uma lareira de pedra crepitava no canto, lançando sombras dançantes sobre o cômodo. No centro, uma cama enorme, cercada por peles macias de ursos e outros animais, que exalavam aquele aroma terroso, confortável, quente… Selvagem.
Cortinas pesadas de linho protegiam as janelas, e havia algumas estantes com livros antigos e objetos tribais espalhados.
Dmitry a deposit