Clã Chernov — Sibéria Oriental, Região do Lago Baikal
A névoa dançava entre as árvores, como um véu místico sobre o território ancestral dos Chernov. Na sala de reuniões construída com pedra, musgo e ossos esculpidos, Nikolai Chernov, o velho ancião do clã, sentava-se diante da lareira.
À sua frente, seu filho, o Alfa Mikhail Chernov, havia acabado de assistir ao mesmo vídeo que percorreu os conselhos Lycan do país.
O silêncio era quase ritualístico, interrompido apenas pelo estalo da lenha ardendo.
— Vi isso antes. — Murmurou Nikolai, os olhos perdidos nas chamas. — Não com os olhos da carne, mas em visões. A mulher que governa o sangue. Aquela que não precisa invocar, apenas desejar.
Mikhail, sóbrio e reservado, falava com parcimônia.
— O sangue a respondeu como se a conhecesse. Como se não tivesse escolha.
— Porque não tem. — Afirmou Nikolai. — Quando a Deusa planta uma filha, ela não o faz para ser amada. Ela o faz para agir. O sangue dos híbridos sabia o que ela era. Morrigan es