No vestiário, Luísa pegou os pertences e, em seguida, trocou de roupa. Por vezes, ela parava e enxugava as lágrimas.
Em algum momento, segurou o buquê de flores que Carlo havia lhe dado e então engoliu em seco. Lembrou-se de que o advogado ainda estava no restaurante, tentou ir para lá após sair do vestiário, mas foi impedida pelos seguranças que bloquearam sua passagem.
— Precisa sair pela porta dos fundos, signora! — Um dos grandalhões enfatizou a ordem dada pelo gerente.
— Posso falar com a Milena?
— Lamento! — O outro segurança negou com a cabeça.
Escoltada pelos dois brutamontes, Luísa se retirou. Havia um nó insuportável em sua garganta enquanto continha a vontade de chorar.
Por volta de uma da manhã, ela saiu num beco nos fundos do restaurante.
— Hei, Luísa! — Uma voz masculina chamou, mas ela não olhou para trás. — Fique onde está ou vou te furar agora!
Ela parou no instante em que sentia algo pontudo nas costas. O buquê de girassóis caiu no chão conforme o estranho a puxava