Com os ombros encolhidos, Luísa entrou na casa e acompanhou o homem alto que andava na frente enquanto falava com os seguranças. Don Morano parou e deixou os outros irem à frente e então fitou a mulher de estatura mediana.
— Entra! — Ele ergueu o queixo para dentro da sala depois que abriu a porta.
O escritório possuía móveis rústicos e um leve cheiro de tabaco impregnado no ambiente.
Sem hesitar, Luísa deu alguns passos para dentro do escritório. Seus ombros continuavam levemente caídos, e as mãos apertavam o tecido da bolsa como se isso pudesse conter a ansiedade. Ele a observou de perto enquanto fechava a porta, analisando-a como se tentasse desvendar seus pensamentos.
— Sente-se!
— Preciso voltar para a Japigia. — A voz de Luísa tremia.
— Senta aí, porra! — Ele deu um soco na mesa que fez o seu corpo estremecer.
Após sentar, o semblante de Luísa estava estático como se estivesse congelado. O tom pálido de sua pele destaca os traços do cansaço.
— Você acha que vai ficar seg