Dentro do automóvel, Luísa respirou profundamente, aliviada por Paolo, que a autorizou a sair um pouco de casa. Insistiu para ir ao veículo do advogado, mas os seguranças recusaram. Alegaram que a ordem do chefe era clara: acompanhá-la onde quer que fossem.
A cafeteria Petriella tinha um aroma intenso de grãos recém-moídos. O som do chiado da máquina de espresso se misturava a conversas abafadas e ao tilintar de xícaras. Luísa observou a vitrine com bastante opções de doces e salgados para escolher, mas o que lhe chamou a atenção foram os bolos em formato de joaninha.
— Vamos sentar ali! — Carlo escolheu uma mesa próxima à janela.
Embora fosse educado, Carlo demonstrava evidente desconforto. Seus olhos furtivos denunciavam o incômodo provocado pelos olhares atentos dos homens de Don Morano que vigiavam Luísa de longe.
— Você sabe quem é aquele homem que você beijou? — O advogado inquiriu em voz baixa.
Ela piscou algumas vezes, surpresa com a pergunta direta. Era óbvio que sabia, m