— Claro que vou! — Don Morano finalmente quebrou o gelo do silêncio.
Enquanto o motorista conduzia o carro pelas avenidas movimentadas, Paolo continuou olhando para ela.
— Não! — Luísa respondeu prontamente, quase em um sobressalto.
— Só quero te lembrar de que você está me devendo.
— O quê?
— Paguei a sua fiança, Luísa… — Ele salientou. — Você foi presa por porte ilegal de arma e por tentativa de assassinato. Esqueceu?
Ao se dar conta, ela apertou os lábios. Enquanto isso, os olhos dele examinavam cada detalhe das marcas deixadas pela violência de seu marido.
— Você pode trabalhar para mim… — Paolo deixou escapar. — E eu posso dar uma lição no maledetto que te agrediu.
Meia aturdida, Luísa começou a alisar as articulações dos dedos de forma metódica, como se isso pudesse acalmá-la.
— Não será necessário, senhor. — A sua voz estava incrivelmente serena quando o rejeitou. — Vou arrumar o dinheiro para lhe pagar. Prometo.
A tranquilidade dela o desarmou momentaneamente. Ele se pergun