“A pior dor não vem da ausência. Vem de alguém que um dia teve você nas mãos... e não soube reconhecer." ― Diário de D.
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Enzo Bellucci estava imerso em um nevoeiro interno — e não era aquele que se dissipa com café ou raciocínio lógico.
Era algo mais profundo, quase metafísico. Uma energia que preenchia o espaço ao redor dele, uma voz que parecia vir de um passado não vivido, mas que, de alguma forma, parecia conhecer cada detalhe.
Desde o momento em que Dayse Lancaster entrou na sala de reuniões, algo dentro dele se quebrou. Uma fissura silenciosa, mas que parecia irreversível.
Ele não conseguia tirá-la da cabeça, ficava preso num labirinto de pensamentos, sem entender exatamente por quê.
A presença dela o deixava desconcertado. Tinha algo naquela mulher que parecia tocar num nervo antigo — esquecido, mas ainda sensível. Ela era uma CEO competente, articulada, elegante, mas esse não era o motivo.
"Há ausências que doem mais do que tapas. Há partidas que nos ensinam a nunca mais vo