Capítulo 18: A Chave Final

“Algumas verdades só podem ser descobertas no escuro, quando não há mais lugar para se esconder.” — (Anotação de R.)

O dia seguinte nasceu em silêncio. São Paulo, pela primeira vez, parecia apenas respirar, sem o habitual rugido que preenche suas manhãs. Me vesti de cinza ― uma cor que não grita, que não machuca. Prendi o cabelo, como quem ergue uma muralha invisível.

Às 8h12, cruzei a porta da sala sem janelas, onde Joana já me esperava. O ambiente era estéril: computador fora da rede, pendrive guardado em uma caixa de metal, como se o próprio ar pudesse corromper o que estava ali.

Entreguei a ela a cópia, sentindo o peso do gesto.

— Preciso que você analise isso com precisão. Veja se há como desbloquear o segundo arquivo.

Joana, com sua objetividade cortante, não se deu ao luxo de rodeios.

— Parece manipulado? ― perguntou, com aquele tom que sempre carrega uma ponta de desafio.

Respirei fundo, deixando escapar uma determinação que não cabia em palavras.

— Se estiver, eu desmonto o
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